quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pedro está ansioso

É um postzinho para meus seis leitores matarem a saudade do meu pequeno herdeiro, o Pedro, já que faz tempo que não escrevo sobre ele. Desde o episódio das amoras, que vocês podem ler clicando aqui.
Hoje, ele e minha cúmplice vieram a São Paulo. Na verdade devem estar a caminho nesse momento, já que saíram de Bauru às 18h30.
Pois bem, pela manhã, Pedro acordou cedíssimo, como sempre (se ele soubesse como vai odiar acordar cedo quando for mais velho, continuaria dormindo as horas que pode agora), e comentou com a Layla: abre aspas Estou ansioso porque vou para São Paulo fecha aspas.
A ansiedade está acabando. Em breve estaremos todos em Sampa, aí, ele vai ficar ansioso por outros motivos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

17

Particularmente, eu não gosto de quem tem 17 anos. As pessoas de 17 anos estão propensas a serem mais chatas que as demais. Fato. O problema é que 17 é uma idade de transição entre a aborrecência e a fase adulta, ou seja, quem tem 17 é meio criança, meio boca aberta, porque é isso que os adultos são, na visão de quem tem 17.
Acho o número 17 interessante. É um número primo. Só. Ah, 17 era o número da camisa do Herrera quando jogava no Corinthians (se bem que acho que ele joga com a 17 no Botafogo), mas deixa pra lá. O que mais podemos falar do 17? (pausa dramática para pensar)
Claro, 17 é o número de anos que minha sobrinha Natália faz hoje. Como não podia deixar de ser, para situar meus seis leitores, tinha que pegar no pé dela. Pegar no pé da Natália é um padrão estabelecido por mim e por meu irmão desde 1994, quando ela nasceu.
Natália sabe que não gosto muito da convenção social "parabéns pra você". Acho piegas. Mas acho verdadeiro quando alguém lembra do seu aniversário sem ser avisado pelo Orkut, Facebook ou qualquer outra rede social. Por isso, resolvi escrever. É claro que é uma homenagem tosca, afinal o tio é tosco, mas e daí. Essa, pelo menos, ela pode imprimir e enquadrar.
Pra começar, espero que ela não chore, pois tem sérias tendências a ser emo. Na verdade não tem, mas gostamos de chamá-la de emo, como gostávamos de chamá-la de pastel, só porque ela o-d-e-i-a ser chamada assim. São os sacrifícios de ser sobrinha de quem é.
Voltando ao aniversário, seja você, mas lembre que assumir sua própria identidade não significa esquecer a identidade dos outros. Aos 17 temos essa propensão, vai por mim, eu sei. Ter 17 anos parece que torna tudo mais difícil, mas na verdade somos nós que dificultamos as coisas. Na maioria das vezes elas são mais simples do que aparentam, mas o maldito número primo parece mexer com o cérebro.
Seja sempre alegre, espevitada, falante, cantante, pulante, pulsante. 17 é só um número, mas pode significar muito para o 18. Às vezes as decisões que tomamos aos 17 nos afetam até os 27, talvez até os 37. Vá lá, tem gente que tem 77 e está pagando até hoje uma dívida contraída aos 17. Ufa, quanto número!
Lembre que seus atos têm consequências e cabe a você decidir se essas consequências serão para o bem ou para o mal. É fácil cair em armadilhas aos 17. No mais, seja feliz, aproveite o dia, a semana, o mês, o ano, a vida. Daqui a 17 anos você poderá lembrar de tudo com um sorriso ou com lágrimas, ou com os dois, afinal, lágrimas não são exclusividade da tristeza. Um beijo e um queijo, como diz o pequeno herdeiro, e feliz 17.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Coisas simples que nos fazem felizes

Se resolvêssemos fazer uma pesquisa e perguntássemos para as pessoas o que as faz felizes teríamos respostas variadas. Cada ser humano tem seu modo de ver e entender a vida. Mas será que as respostas seriam honestas? Muita gente liga imediatamente a felicidade com independência financeira e não posso tirar a razão delas, afinal, como ser feliz tendo que se preocupar com a falta de dinheiro, não é verdade? Não, não é verdade.
Que me perdoem os adeptos da máxima que o dinheiro não traz felicidade, manda comprar. Culturalmente somos errados neste aspecto. Conheço muita gente pobre que é muito feliz e não se queixa da sorte, ou da falta dela.
Calma, não estou dizendo para largarmos tudo e vivermos como mendigos. Nada disso. Mas precisamos realmente exaltar o dinheiro como o único fator de felicidade? Não acredito que as pessoas tenham se esquecido dos outros valores.
Ouço muita gente falando que tem saudades do tempo de criança, pois não tinha brinquedos caros, mas tinha brincadeiras divertidas. No entanto essas mesmas pessoas entopem os filhos de videogames e brinquedos eletrônicos e tiram deles a chance de descobrir a vida além dos muros do condomínio.
Falta de segurança? Talvez. Mas temos esse direito? Somos responsáveis por criar uma geração cibernética, filhos virtuais. Que tipo de valores ensinamos para nossas crianças? A felicidade também está em chutar uma bola com seu filho.
Infelizmente o ser humano se mecanizou. Não somos capazes de pequenos gestos altruístas. Sentamos nos lugares reservados a idosos nos ônibus e ainda reclamamos se algum deles reclama por estar em pé. Precisávamos mesmo de lugares marcados? Não seria mais lógico que oferecêssemos o lugar para o velho, a mulher grávida, a mãe com o bebê no colo, de modo natural? A felicidade também está nesses gestos, pequenos mas valorosos.
Abrir a porta para uma senhora, ajudar a atravessar a rua, ceder o lugar, sorrir, dar bom dia, boa tarde, boa noite. Esquecemos o valor das pequenas coisas, esquecemos que o dinheiro pode até comprar coisas, mas não compra o sorriso de uma criança, o obrigado de um idoso, o semblante feliz de uma mulher prestes a dar à luz.
Perdemos o gosto pelo vento batendo no rosto, preferimos o gelo do ar condicionado. Reclamamos do calor e depois do frio, do tempo seco e da chuva. Perdemos totalmente a capacidade de nos concentrarmos em coisas boas e vemos apenas o lado negativo das coisas. Nada está bom!
Com isso morremos aos poucos. Sucumbimos ante nossa própria arrogância e desprezo por aquilo que é belo, ainda que pareça feio. Nos tornamos máquinas e, continuando neste passo, vamos transformar o futuro em algo sombrio. Mas, quem sabe ainda dá tempo de virar o placar?


Legião Urbana - Perfeição
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