segunda-feira, 14 de maio de 2012

Eu não tenho certeza, mas eu acho...

Quantas vezes você acreditou na verdade absoluta de algumas coisas? Vou ser sincero, eu acreditei em várias. Acreditei que manga com leite fazia mal, por exemplo, afinal quem duvidaria da palavra da mãe, da avó e de outras tantas pessoas que juraram de pés juntos que fazia um mal mortal comer manga e tomar leite?
Mas isso foi há muito tempo e essa verdade caiu por terra. Outras verdades vieram com o passar dos anos e crer que elas eram para sempre era quase obrigatório. Quem é você para duvidar?
Lembra das aulas de história, da tal propaganda nazista? Contar uma mentira à exaustão até que ela pareça verdade. Foi assim que eles fizeram e, pasmem, muita gente absorveu essa tática e a utiliza até hoje. A Veja que o diga...
Mas a ideia aqui é refletir sobre como sempre tivemos certeza de muitas coisas e, na maioria das vezes, nossas certezas caiam por terra. E isso é bem maior do que pensar que manga com leite faz mal.
Trata-se de uma cegueira que insiste em nos acompanhar enquanto vivemos. Cremos em um milhão de coisas diferentes, para depois descobrirmos que elas eram falsas, isso quando conseguimos abrir os olhos a tempo suficiente de reparar nos erros cometidos. É difícil ter certeza.
Não estou dizendo que perdi a crença em tudo, mas desconfio mais hoje do que desconfiava antes. Minhas verdades não são mais âncoras com as quais atraco meu barco em algum porto desconhecido. Eu tinha muitas certezas antes, sabia o que era verdade, hoje eu só acho que sei.