domingo, 22 de julho de 2012

O Pedro, a patinação no gelo e um pai medroso

Quem tem filhos sabe a emoção que é quando as coisas começam a acontecer. A primeira risada, a primeira palavra, a primeira tentativa de engatinhar, o primeiro passo, tudo isso vem recheado de uma emoção única. Mas os filhos crescem e as emoções só aumentam, como pude constatar nesta semana.
Fui com minha cúmplice, a Layla, e meu pequeno e já famoso herdeiro Pedro ao Shopping Parque Santana para assistir o Espetacular Homem-Aranha. Até aí, nada demais, ir ao cinema com a família é corriqueiro.
Acontece que no referido shopping havia uma pista de patinação no gelo, que deixou o Pedro alucinado. Ele queria porque queria patinar. O detalhe é que ele nunca havia patinado e quando argumentamos que nenhum de nós entraria na pista, porque também não patinamos, ele ficou irredutível: iria sozinho.
E foi, para desespero do pai medroso, que achou que o magrelinho não ia sair do chão. Bom, paga a quantia exorbitante por meia hora de tombos no gelo e colocado o equipamento, lá se foi o Pedro rumo ao rink. Não sem uma ajuda de um dos monitores, porque com toda aquela tralha, ele mal conseguia andar para chegar até a pista, mas foi.
Para minha surpresa, o pequeno herdeiro se saiu melhor do que eu poderia imaginar e fez bonito para quem nunca tinha colocado um par de patins na vida.
Meus seis leitores devem estar rindo da minha cara por temer uma bobagem dessas, mas coloquem-se no lugar desse pai aflito.
Sei que fiz um papel de bobo, até porque as crianças sabem se virar bem melhor do que os adultos em muitas situações, isso se não for em todas.
E assim foi a saga de Pedro: começou segurando na grade de segurança e, quando menos esperava, estava no meio da pista deslizando, como se não tivesse feito outra coisa na vida. Caiu, levantou e seguiu em frente, como deve ser a vida.
Para nós, nossos pequenos herdeiros serão sempre bebês, mas eles sempre ganham asas e provam que estão mais preparados do que nós. Nosso papel nisso tudo? Não impedir que eles voem, mas indicar a melhor rota.
Pedro em sua primeira experiência como patinador: deixou o pai babando

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Eu não gosto de cachorro e não tenho problemas com isso

Antes que me xinguem por causa do título, quero dizer que nem sempre foi assim, um dia eu gostei de cachorro, apesar do medo que sentia, tive um vira-latas  preto e amarelo a quem chamei de Tuti, porque eu adorava chiclete de tuti-fruti. Mas na época a casa era meio aberta e ele não ficava preso. A carrocinha levou, assim como a muitos outros cães da rua onde morava.
O fato é que eu não gosto de cachorro. Simples assim, não curto. Acho até bonitinho quem cuida e dá carinho e tudo mais, mas não é pra mim. Para falar a verdade, cachorros me irritam um pouco e seus donos me irritam ainda mais.
Sei que deve ter um monte de gente me xingando e desejando que eu seja castrado neste momento, mas a verdade precisa ser dita: amantes dos animais, existe sim gente que não gosta de cachorro e não maltrata os bichos.
Eu não gosto de cachorro, mas não maltrato e detesto quem maltrata. Mas não quer dizer que eu seja apaixonado por tudo que esses donos de cachorros babões (os donos, não os cachorros) fazem com seus bichos.
Eu detesto sair de casa de manhã para o trabalho e topar com um cocô de cachorro do tamanho do mundo na minha calçada. Por que o dono que ama tanto seu bicho e apregoa isso na internet para todo mundo ver não limpa a sujeira que o seu animal (o cachorro, não o dono) faz?
Outra coisa que eu não suporto é cachorro no shopping. Esses dias esperava minha cúmplice sair do trabalho na Livraria Cultura do Bourbon Shopping, quando entra um sujeito com um labrador. Não, ele não era cego e não era um cão guia.
Para mim, cachorro em shopping é o fim da picada. Dentro da livraria então, é pra morrer. Alguém precisa explicar para o dono do cachorro, que lugar de passear com o bicho é no parque, não no shopping. Cachorro em shopping para mim é como se alguém acendesse um cigarro, dá na mesma.
Por mais que vocês tratem os cachorros melhor do que tratam seus filhos, eles não são seus "bebês", são bichos e bichos não passeiam no shopping.
Querem dar diversão para o cachorro, levem-no em uma pet shop. Tem um pet center enorme ali na avenida General Olímpio da Silveira, na Santa Cecília. Só não sei se eles permitem a entrada de animais, acho que não...
Ah, e só um toque: se você tem tendências tratar melhor seu bicho do que seus filhos ou qualquer outra criança, lembre-se que essa criança pode se tornar um adulto que maltrata animais. Tem gente que gasta mais co cachorro em um dia do que o que eu gastava com o Pedro bebê em um mês. Lamentável.
Eu não gosto de cachorro, mas tem dono que merecia umas chineladas...

Pedro dançou o carimbó

Um ano após fazer meu pequeno herdeiro dançar Luan Santana (argh), a escola resolveu fazer as coisas direito e colocou a garotada para dançar o carimbó. Olha se o garoto não leva jeito.