Pare para pensar um pouco. Já reparou quantas coisas precisamos fazer? Quantas vezes você não está em casa, sem fazer nada (o que parece meio improvável atualmente) e vem à sua mente que é preciso fazer alguma coisa, por menor que seja.
Nossa vida é um eterno "preciso". "Preciso consertar a maçaneta da porta", "Preciso limpar o quintal", "Preciso arrumar o guarda-roupa", "Preciso ir ao banco", "Preciso ligar para fulano". É sempre assim, precisamos, mas quantas vezes fazemos?
Somos totalmente inertes em alguns aspectos. Adoramos adiar as coisas, até que o tempo de sobra que tínhamos se esvai como fumaça e, aí sim, precisamos fazer tudo correndo. É uma lógica estranha.
Eu mesmo preciso fazer uma série de coisas, mas adio sempre que posso. Honestamente, não é que eu não tenha vontade de fazer, mas alguma coisa me impede. Talvez seja assim com todo mundo, mas o fato é que parecemos políticos, que sempre tem a solução para tudo na base do "precisamos".
Já prestaram atenção quando um candidato a qualquer cargo fala alguma coisa, como ele sai pela tangente?
Repórter: "Candidato, o que fazer para melhorar a educação, a saúde, o transporte?".
Candidato: "Precisamos de políticas públicas que possam trazer melhorias para esses setores, fundamentais para o desenvolvimento sustentável da sociedade como um todo, blá, blá, blá".
Olha o "precisamos" aí!!! Mas e a solução? Esse é o discurso de quem não sabe o que fazer, discurso aliás que ouvimos há 17 anos no governo do Estado, mas deixa pra lá.
Nosso foco é outro. A política foi usada para ilustrar o quanto nós "tucanamos" nossa vida. Todos sabemos que precisamos fazer alguma coisa, seja lavar o tênis ou pintar as portas dos quartos (comprei a tinta há dois meses). Acho que está na hora de mudarmos o verbo. Em vez de "precisamos", que tal "faremos"? Talvez uma atitude mais positivista nos ajude a melhorar um pouco as coisas.
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