terça-feira, 24 de maio de 2011

Preciso...

Pare para pensar um pouco. Já reparou quantas coisas precisamos fazer? Quantas vezes você não está em casa, sem fazer nada (o que parece meio improvável atualmente) e vem à sua mente que é preciso fazer alguma coisa, por menor que seja.
Nossa vida é um eterno "preciso". "Preciso consertar a maçaneta da porta", "Preciso limpar o quintal", "Preciso arrumar o guarda-roupa", "Preciso ir ao banco", "Preciso ligar para fulano". É sempre assim, precisamos, mas quantas vezes fazemos?
Somos totalmente inertes em alguns aspectos. Adoramos adiar as coisas, até que o tempo de sobra que tínhamos se esvai como fumaça e, aí sim, precisamos fazer tudo correndo. É uma lógica estranha.
Eu mesmo preciso fazer uma série de coisas, mas adio sempre que posso. Honestamente, não é que eu não tenha vontade de fazer, mas alguma coisa me impede. Talvez seja assim com todo mundo, mas o fato é que parecemos políticos, que sempre tem a solução para tudo na base do "precisamos".
Já prestaram atenção quando um candidato a qualquer cargo fala alguma coisa, como ele sai pela tangente?
Repórter: "Candidato, o que fazer para melhorar a educação, a saúde, o transporte?".
Candidato: "Precisamos de políticas públicas que possam trazer melhorias para esses setores, fundamentais para o desenvolvimento sustentável da sociedade como um todo, blá, blá, blá".
Olha o "precisamos" aí!!! Mas e a solução? Esse é o discurso de quem não sabe o que fazer, discurso aliás que ouvimos há 17 anos no governo do Estado, mas deixa pra lá.
Nosso foco é outro. A política foi usada para ilustrar o quanto nós "tucanamos" nossa vida. Todos sabemos que precisamos fazer alguma coisa, seja lavar o tênis ou pintar as portas dos quartos (comprei a tinta há dois meses). Acho que está na hora de mudarmos o verbo. Em vez de "precisamos", que tal "faremos"? Talvez uma atitude mais positivista nos ajude a melhorar um pouco as coisas.

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