terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Então, é Natal. E daí?


Não pense que vou achincalhar o Natal. Se fosse alguns anos antes até faria isso, mas, depois que o Pedro nasceu as coisas meio que, mudaram de configuração. Não é que eu tenha amarelado e aceitado o bom velhinho em minha vida, ainda estou mais para Jack Skellington do que para Papai Noel. Porém, a fantasia faz parte da vida da criança e essa fantasia não pode ser quebrada, sob pena de transformar uma criança em um adulto precoce.

Mas o fato de ter aceitado tolerar o velho barrigudo de roupa vermelha de inverno em pleno verão dos trópicos não significa que tenha mudado meu conceito sobre a farsa que é o Natal. As pessoas fingem muito mais nessa época do ano. Esse tal de "espírito natalino" é uma espécie de compensação pelas péssimas ações de algumas pessoas ao longo do ano.
Basta ver quem é que sempre faz campanhas para ajudar os mais necessitados no Natal. São sempre os mais ricos. É muito lindo ver aquelas dondocas de salto alto amassando barro na periferia com seus saltos e abraçando as crianças descalças. Agora, imagine se um dia a criança reconhecer sua "benfeitora". Imagine a cena: Mulher de empresário, que mora em condomínio de luxo para seu carrão no farol e vem a criança vender bala. "Moça, compra uma bala para me ajudar, é só um real". "Não tenho nada hoje. Dá licença". Sem nem sequyer abrir o vidro do carro, vai que é assalto.
No dia seguinte lá vai a dondoca para a periferia entregar presentes que outras pessoas doaram, mas que dará status para ela. Nisso, chega a criança do farol. Espera aí, conheço a senhora, tia". Um rubor toma conta do rosto da madame. "Ontem a senhora não quis comprar uma bala minha e ainda me tratou como se eu fosse bandido". A conversa da criança chama a atenção do repórter que está ali para cobrir o "evento beneficente". Ele vai até lá, chama o fotógrafo que dispara sua câmera enquanto o repórter começa a entrevistar a criança.
Descobre que ela é órfã de pai, mas a mãe rtabalha como diarista. Ela vai à escola de manhã e à tarde vende balinhas de goma nos faróis para ajudar no orçamento da casa. A madame, nessa altura já se mandou, alegando compromissos inadiáveis. O repórter ainda tenta falar com ela pelo telefone, mas não tem sucesso. A matéria nunca vai sair, afinal, a dondoca é amiga do diretor do jornal e seu marido é anunciante. Ou seja, a história daquela criança não será contada.
Mas a dondoca ainda vai visitar muitos bairros e abraçar muitas crianças pobres até o Natal. Pena que, durante o resto do ano, ela vai continuar protegida pela blindagem do seu carro, ignmorando a existência dessas crianças. Será que se o Papai Noel existisse de fato, diria que a dondoca foi uma boa menina? Quem sabe. Talvez papai Noel veja bondade além do que as pessoas deixam transparecer.
Ah, a criança saiu dos faróis. Conseguiu uma bolsa de estudos com ajuda de uma entidade e está muito bem, obrigado. O repórter foi demitido do jornal, mas está muito feliz em seu outro emprego. A dondoca continua mantendo as aparências, já que as empresas de seu marido estão à beira da falência. E tudo isso é ficção. Mas quantas ficções desse tipo existem por aí, não é mesmo?

Eu queria ser...


...escritor! Tá, eu sei o que vão dizer: "Nossa, escritor? Mas isso dá dinheiro?". Deve dar, mas não é pelo dinheiro que eu queria ser escritor. Queria poder colocar no papel um turbilhão de coisas que passa pela minha cabeça, principalmente nos momentos de insônia.
Alguma vez você já se deparou inventando estórias na sua cabeça, com cenários, nomes e lugares qu nunca viu antes? Se isso já aconteceu com algum dos meus seis leitores, então essa pessoa sabe o que quero dizer. Meu maior problema é não conseguir tirar isso da cabeça e transferir para a tela do computador.
Deveria existir um ctrl+c ctrl+v para ideias. Já imaginou? Pensar em alguma coisa, ativar o sistema e, automaticamente, tudo vai parar no disco rígido. maravilha! pena que não é assim.
Não é que eu não tenha tentado. Já sentei um milhão de vezes em frente ao PC para "começar um novo best seller". Bobagem. Nunca saí do primeiro capítulo, aliás, um capítulo bem curto. Isso sem falar na sensação de estar escrevendo algo que alguém já escreveu. Não tenho essa cara de pau.
No fim das contas, virei jornalista. Quer dizer, não virei, aceitei a missão. Sim, sou daqueles que acreditam que o jornalismo é um dom que nasce com você. Eu queria contar histórias. Não consegui fazer ficção, decidi contar o cotidiano.
Não é a mesma coisa, mas me satisfaz. Apesar de que, em alguns momentos, sinto que deveria insistir mais no que eu queria ser, principalmente quando leio certos livros de sucesso por aí. Ah, eu escrevo bem melhor do que muita gente famosa. Você não?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Eu tento fazer poesia...


Insônia


Acordo enquanto o mundo dorme
Sonho de olhos abertos
Passeio pelos canais da TV
Sem esperança de ver nada bom
Vejo pastores e putas dividindo os canais
Divertindo as massas
Que, como eu, acordam enquanto o mundo dorme

Abro a janela
Busco respostas para a insônia no ar abafado
Ela me domina como o domador ao leão

Sonho acordado
Com um mundo que acorde enquanto durmo
Divido minhas noites
Com filmes antigos e programas
Feitos para imbecis

Olho para o copo vazio e acordo
Enquanto o mundo dorme.

Saudades da galera


Estava remexendo algumas pastas, procurando alguns documentos e me deparei com a foto ab
aixo. Foi o último churrasco da minha turma de jornalismo da Unesp e também o derradeiro amigo secreto de R$ 1,99, realizado do primeiro ao último ano da facul. Ainda tenho contato com algumas pessoas, outras desapareceram do mapa e uma, em especial, deixou muita saudade. O Paulinho, nosso amigo e baladeiro-mor da galera não está mais entre nós, tendo partido de forma trágica. Mas lembramos dele e das coisas boas que ele nos transmitia.
Nossa turma tinha suas diferenças e isso era visível, mas nunca vi pessoal mais unido. As panelinhas eram inevitáveis, afinal, todo mundo procura pessoas com afinidade, mas não quer dizer que vivíamos em separado. Foram quatro anos muito legais, que renderam boas risadas, boas amizades e a certeza de que sempre teremos alguém em algum canto de São Paulo, do Brasil ou do mundo. O STF pode até dizer que nosso diploma não vale nada, mas ele não vai conseguir tirar a amizade que ficou dos tempos de faculdade. Isso é irrevogável. Como dizíamos em nossos eternos brindes no Ubaiano: "Horse, horse, horse. Ziriguidum!". Quem é da turma sabe. Kaspar vive!


Da esquerda para a direita. Em pé: Rosi, Erica Okada (escondidinha atrás), Lilian, Paulinho, Gabi, Juliana, Jean, Raquel, Elaine, Marcele, Thiago Roque, Adriano, Igor, Sandro, Eu, uma das filhas da professora Dalva, André "Jesus", Miguel. Agachados: Albano, Edneia, professor Angelo, Fábio Anadão, Diney, Fábio "Ambulância" (era veterano, mas vivia entre nós), Alexandre "Popov", Cris Módolo, professora Dalva e outra de suas filhas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O cinismo da APJ e a falsa defesa da liberdade de expressão


Chamou a atenção uma nota assinada pela Associação Paulista de Jornais (APJ) contestando a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa restabelecer a obrigatoriedade do diploma para exercício da função de jornalista. Infelizmente, como sempre é no caso da referida entidade, chamou a atenção de forma negativa.
Não vou entrar no mérito da legalidade da PEC, nem dos motivos que levaram deputados e senadores a formularem duas propostas nesse sentido. O que discuto aqui é o cinismo dessa entidade, formada por donos de jornais e seus papagaios de pirata, gentilmente chamados de diretores, editores e gerentes.
A primeira mostra de cinismo está no fato de a APJ se colocar contra o regime militar,m quando todos sabem que a maior parte dos proprietários de jornais sempre beijou a mão dos generais. Em Bauru é notório que Alcides Franciscato, proprietário do Jornal da Cidade, foi deputado e prefeito sob as asas dos militares, já que integrava a Arena, partido que dava sustentação aos golpistas de 1964. A APJ é presidida por Renato Zaiden, diretor do JC e “amigo” de Franciscato.
Ora, só este exemplo já derruba por terra a tentativa da APJ em ser defensora das liberdades, quaisquer que sejam. Mas a entidade insiste em dizer que a não exigência do diploma garante liberdade de expressão. A quem? Desafio qualquer dono, diretor, editor, gerente, ou seja lá o cargo que ocupe essa gente, a me mostrar que seus jornais dão plena liberdade editorial aos jornalistas. Se não, onde está propagada liberdade de expressão?
O grande público pode até não saber, mas nenhum veículo de comunicação dá liberdade aos seus repórteres e jornalistas. Tudo se resume à linha editorial definida pelos patrões. À exceção de artigos de opinião, cuidadosamente seguidos pela velha frase: “o texto publicado é de inteira responsabilidade do autor e não traduz o pensamento do jornal”, o resto é devidamente controlado. Falar em liberdade de expressão em jornais que praticam escandolosamente o assédio moral contra seus funcionários é, no mínimo, vergonhoso. Cai por terra mais uma falácia da APJ.
A entidade cita ainda “as democracias mais avançadas do mundo, onde o exercício da profissão de jornalista dispensa o diploma e os cursos de jornalismo exibem cada vez mais vigor e qualidade incontestáveis”. Chega a ser cômico a APJ citar esse trecho, que derruba todo seu texto. Claro que as democracias mais avançadas não exigem diploma, mas nem por isso quem quer trabalhar em jornal deixa de fazer o curso de jornalismo que, como a APJ diz, “exibe vigor e qualidade incontestável”.
Chega a ser ridícula a posição patronal neste caso, ainda mais sabendo que muitos diretores e donos têm participação direta em faculdades de jornalismo caça-níqueis. Onde está a coerência, Renato Zaiden e Fernando Salerno?
A APJ também “esqueceu” que nas democracias mais avançadas do mundo existem comissões de ética e conselhos de jornalismo que impedem as mazelas de maus profissionais e controlam a ânsia desenfreada de editores. Nas democracias mais avançadas do mundo senhores Zaiden e Salerno, existe liberdade de expressão de fato, não a balela que os senhores publicam em seus jornais todos os dias. No entanto, há responsabilidades, algo que no Brasil não existe, porque donos de veículos de comunicação rechaçam a idéia.
Por fim, se formos derrubar todos os resquícios do autoritarismo, desculpa usada para por fim à obrigatoriedade do diploma, vamos ter que derrubar centenas, senão milhares de leis ainda vigentes. A APJ diz que “a sociedade tem o direito de ser informada sem qualquer espécie de tutela”. Então, desafio os senhores Zaiden e Salerno a tirarem suas garras do conteúdo editorial dos seus jornais e conclamarem os seus amigos de APJ a fazerem o mesmo. Deixem os repórteres sem amarras, publiquem matérias negativas de seus anunciantes, parem de censurar as colunas dos leitores. Isso sim é liberdade de expressão!
A qualidade de seus jornais está semelhante a um panfleto mal redigido. Já li blogues mais estruturados e com mais conteúdo do que as publicações da APJ. Mas a qualidade não é ruim por causa dos jornalistas e, sim, pelo cabresto colocado nos profissionais, que NÃO TÊM LIBERDADE para escrever. Se a APJ respeita mesmo o que escreveu, de acabar com resquícios do autoritarismo, deveria encerrar suas atividades agora, pelo bem do jornalismo e da verdadeira liberdade de expressão.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bauru-Sorocaba-São Roque-Ibiúna e volta...


Sabe aqueles dias que você pensa "por que fui sair da cama hoje?". Pois é, me senti meio assim na sexta-feira passada, dia 16 de outubro, metade de minhas sagradas férias. Tudo começou quando minha sogra resolveu voltar do Japão e se instalar em uma chácara em Ibiúna com o singelo objetivo de criar (ou será produzir) shitake. Passados os trâmites legais, a mudança e afins, eis que ela está lá e nos convida para passar o final de semana. A Layla, minha cúmplice na alegria e na tristeza, pegou folga no trabalho e lá fomos nós...

Sexta-feira, 16 de outubro de 2009, 8h15. Finalmente o ônibus com destino a Sorocaba sai, com atraso singelo de 15 minutos. Isso já afetaria o resultado final da viagem. A previsão de chegada em Sorocaba era 12h35, mas após passar por Agudos, Lençóis Paulista, São Manuel, Botucatu e Boituva, conseguimos chegar por volta das 13h20.

De Sorocaba fomos pra São Roque onde o padastro da Layla iria nos buscar. Acontece que o próximo ônibus só saiu depois das 14h. Atrasou um pouco, pegou uma Raposo Tavares cheia de caminhões e o velho (velho mesmo) Cometa parou em praticamente todos os pontos. Resumindo, chegamos perto das 15h30 em São Roque e, com o velho Uno do sogro postiço, nos deslocamos para o meio do nada em Ibiúna.

Frio, chuva, sem TV, sem internet, sem sinal no celular, com dois cachorros lambões pulando em cima da gente toda hora, lá estávamos nós. O lugar é bacana e foi agradável passar o fim de semana na autêntica vida do campo, mas o tempo só resolveu abrir no domingo, na hora de voltar.

O pior foi esquecer do horário de verão e ser lembrado pela atendente do guichê da Cometa em São Roque:

- O ônibus de 13h06 já foi, agora só 14h36.

- Como assim já foi, são cinco pra uma agora!

- Não, senhor, e o horário de verão?

- Você tá brincando comigo!

- Não, também esqueci e cheguei atrasada.

Grande consolo. Perdemos o ônibus e tivemos que ir para Sorocaba de Uno, com o risco da polícia resolver parar. Mas foi tudo bem. A volta de Sorocaba a Bauru foi mais tranquila e chegamos no horário. Saldo do fim de semana: muito barro no tênis, roupas sujas, frio, Rubinho perdendo o título, Corinthians tomando de dois a zero e a porcada apanhando do Mengo com direito a gol olímpico e um ônibus perdido por falta de informação.

A lição para as próximas vezes é: achar um caminho alternativo, enquanto o carro da família não chega. Abaixo, Pedro, o pequeno herdeiro na chácara, ainda sem nome, da avó.



terça-feira, 1 de setembro de 2009

Clipes que eu curto


Deixe a Terra em paz! (Cólera)

Eu tento fazer poesia...


A volta

Há tanto tempo sem visitar você

Minha mente se esvaiu de novo em devaneios.
Percebi o absurdo de me manter distante
Enquanto as luzes da cidade me acompanham vorazmente
Em busca de soluções incompreensíveis.

Me vi diante dos seus olhos afinal

E não há nada mais agradável que a insegurança que você me proporciona
Disse olá, disse como vai, disse até breve
Mas breve é apenas um momento
E cada momento longe de ti é uma eternidade.

Fiquei perdido durante anos

E me encontrei novamente aqui
Mas não tenho certeza de nada mais
A não ser da sensação de insustentável leveza
Plagiando Kundera descaradamente.

Voltei, mas não estou aqui

Sairei em busca de outros caminhos
Enquanto os ventos sopram na direção contrária
O oposto do oposto, de um sentimento infindável
Mas que garante horas de desespero e sofrimento.

Sorria, afinal, não há mal nenhum em sorrir

Enquanto todos lhes dão as costas
Apesar dos pesares, voltei.
Penso em ficar, mas se deixar de me ver em seus olhos
Nada mais fará sentido.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Minha família resolveu procriar


Quando parecia que o Pedro (meu pequeno herdeiro) ia reinar soberando por alguns anos, minhas cunhadas - Vânia, mulher do meu irmão, e Íris, irmã da minha cúmplice - resolveram que estava na hora de nos dar sobrinhos. A Vânia está com mais tempo de gravidez e, não, eu não sei quanto tempo. Já a Íris nos deu a notícia ontem, domingo.
O interessante é que ela está no Japão, onde minha sogra estava até um mês atrás. Parece ser sina da minha sogra perder a gravidez de suas filhas. Quando ela foi para o Japão em 2005, logo em seguida a Layla soube que estava grávida. Agora foi a vez da outra filha engravidar depois que ela vai embora. Será que minha sogra inibe a procriação? Ah, não deixe ela ler isso, rs.
Voltando ao assunto, a partir do ano que vem, mais bocas para os almoços em família e mais presentes embaixo da árvore. A grande família está crescendo e vai ser uma lambeção só cm os novos bebês. Meu pequeno herdeiro vai perder o trono de neto favorito por uns tempos, até passar a novidade dos novos netinhos. Depois entram todos no mesmo balaio de vó, ou seja, serão todos estragados pela deseducação saudável que as avós promovem. Tente educar um filho perto da vó. Sem chance. Você fala azul, ela fala amarelo. mas tudo bem. Família é pra isso mesmo.

Viciado em Twitter


Nossa, quase um mês sem aparecer por aqui e meus seis leitores fiéis devem estar se perguntando o que aconteceu. Ora, aconteceu o que aconteceu com 99% da população ativa da Internet: virei twiteiro. Sei, a palavra não existe, mas e daí? Não é essa a proposta?
Bem, se você entrou aqui por acidente pensando que ia achar alguma explicação técnica sobre o twitter, perdeu seu tempo. Sei tanto quanto você, mas vou me aventurando.
Vocês já repararam como o mundo ficou viciado nesse negócio? Sem dúvida é uma bela ferramenta, mas tem gente que abusa a ponto de ficar horas a fio só colocando mensagens que muita gente nem lê. O pior mesmo são os links que não abrem e aquelas conversas paralelas que ninguém entende. Tá, já caí na armadilha de conversar com alguém sem ser privativo. Isso deixa os seus seguidores boiando e nem sempre é legal.
Enfim, minhas desculppas por não ter comparecido por tanto tempo, mas me sigam no twitter: http://twitter.com/marcelodsc. Por ora é isso. Até mais.

p.s. Não ligue para o texto curto. Tô viciado em escrever pouco

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A Naná, a suína e a médica escrota


A tal da gripe suína está detonando mesmo. Minha sobrinha Natália, carinhosamente chamada de Naná pela família, está de molho. Pegou a danada da suína. O pior foi a atitude de uma médica sem noção do hospital do servidor municipal de São Paulo. Não avaliou o problema, disse que era gripe normal, medicou e mandou a menina embora. E a febre não baixava!
Minha irmã teve que levá-la ao Emílio Ribas, que está cuidando dos casos. Só de ouvir os sintomas, o médico já recomendou o isolamento. Pode? Pois é, esse é o tipo de tratamento que se espera de um médico: reconhecer os sintomas de uma doença que está aí matando as pessoas. Mas a mediquinha do HSM, administrado (???) pela prefeitura de São Paulo não sabia nem do que se tratava. Dizem que ela estava voltando de férias. Ha, e daí? Será que nas férias ela não ouviu falar da doença? Ela é médica, porra! Deveria saber o que está acontecendo, principalmente quando está relacionado com a sua profissão.
A pior parte disso tudo é saber que minha sobrinha poderia ter piorado o quadro e sabe lá o que teria acontecido. Ainda bem que minha irmã é uma pessoa esclarecida e não quis saber da opinião da carniceira do HSM.
Agora eu me pergunto: quantas dessas pessoas que morreram não foram mal orientadas por médicos como essa dondoca do Servidor Municipal de São Paulo? Há pessoas sem instrução e sem noção, que minimizam os efitos da suína, mas todo cuidado é pouco, principalmente com médicos irresponsáveis que não sabem o que estão fazendo. Alô senhor Kassab, é assim que seus médicos tratam a população? Prefeitinho de merda!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Meu artista preferido...


Pós-modernista...

O bongô do Pedro


Pedro, meu pequeno herdeiro, descobriu o bongô. Tudo porque um dos personagens do desenho Cocoricó, da TV Cultura, toca um bongô. Então, quando passeávamos tranquilamente pela praça da República, na feirinha, eis que encontramos uma barraca com vários instrumentos de percussão, entre eles o bongô. E quem disse que o Pedro, àquela altura cansado e pedindo para ir embora, quis realmente ir embora?
Nada, ele fez bico e, enquanto não voltamos à barraca para que ele escolhesse um instrumento, como ele dizia, o rapazinho não sossegou. Eis que agora temos um bongô em casa e um pequeno músico batucando pelos cantos. Enquanto ele usa as mãos, tudo bem, o problema é que o pequeno descobriu que bater no bongô com dois lápis é mais legal, faz mais barulho. Então, quanto tempo leva pra ele pedir uma bateria?


terça-feira, 21 de julho de 2009

O dia do aniversário - parte 2


Eu sei que demorei mais de 20 dias para postar, mas, fazer o que? Sou uma pessoa ocupada e, quando sento em frente ao computador, nem sempre consigo escrever alguma coisa para o blog. Mas deixemos as lamentações pra lá e vamos aos fatos.
Bom, dia de aniversário é sempre meio estranho, como já comentei no post anterior, mas esse foi bastante normal. Anormal foi o fato da Layla ter esquecido de me dar os parabéns antes de sair para o trabalho. Magoei, rs. Depois ela ligou e pediu mil desculpas. Fiz um pequeno terrorismo, mas foi só da pouca pra fora. Realmente, nem me lembrei do aniversário com tanta coisa pra fazer.
A manhã foi a rotina: clipping, faxina, acorda o Pedro, manda pra escola, faz almoço, busca o Pedro, dá banho no Pedro, toma banho, almoça, se veste e vai trabalhar, ufa!
Na Alto Astral, tudo normal. O pessoal deu os parabéns de praxe e no final da tarde o tradicional cartão, com o presente da galera, uma mochila da Goóc. Bacana, ideia do Gustavo. Gostei muito!
À noite fomos jantar fora e quando voltamos, a Layla e o Pedro prepararam a surpresa: torta de morango no lugar do bolo, com beijinho e brigadeiro. Legal. Os presentes foi o Pedro que entregou: uma calça e uma camiseta de manga comprida (em Bauru fez frio, haha).
Assim foi o dia, resumido. No geral foi bem legal, longe da rotina, apesar dela se fazer presente. Mais um ano de vida.

terça-feira, 30 de junho de 2009

O dia do aniversário - parte 1


Aniversário é algo estranho. Nunca esperamos muito dele, mas, ao mesmo tempo, esperamos demais. Quando a data cai em um dia normal de trabalho, parece que perde um pouco da pouca graça. Não, não estou sendo pessimista, nem estou em crise, mas vocês não acham que o aniversário era pra ser algo mais especial do que a rotina do dia-a-dia? Bom. O dia mal começou, então, depois eu conto a saga do meu dia de aniversário completa, ok? Até lá!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Uma decisão contra os jornalistas


Em 17 de junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou parte da regulamentação profissional dos jornalistas brasileiros e acabou com a exigência de formação específica para o exercício profissional. Em reunião realizada entre 19 e 21 de junho, a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, ante essa situação, considera que:
– a decisão do STF atende às demandas dos patrões da área da comunicação, cujo interesse é desregulamentar e desqualificar a profissão de jornalista, usando seu poderio econômico para tornar precárias as condições de trabalho. Com essa decisão, o STF intervém negativamente nas relações de trabalho e nas garantias da categoria profissional;
– a formação específica para o exercício do jornalismo é condição básica para a garantia da qualidade da informação jornalística, elemento formador de opinião pública. Essa equivocada decisão prejudica fortemente a sociedade, na medida em que a credibilidade da informação é colocada em xeque;
– o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defendem a regulamentação profissional conquistada contra a ditadura militar, em 1969, como resultado de décadas de mobilização, iniciada ainda antes da manifestação do 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas, em 1918, e mantêm a luta pela qualificação da profissão de jornalista. Nesse sentido, consideram que o curso superior de jornalista é fundamental para o futuro profissional do jornalismo e para a garantia do direito à informação da sociedade;
– a decisão do STF foi tomada em nome da “liberdade de expressão”. Nada mais falso do que esse argumento, pois a liberdade de expressão não se confunde com liberdade de exercício profissional. O Supremo Tribunal Federal faz confusão entre a liberdade que qualquer pessoa tem de expressar sua opinião, inclusive nos veículos de comunicação, com o exercício de uma profissão específica, a de jornalista. A regulamentação profissional dos jornalistas nunca impediu quem quer que fosse de se expressar. Ao contrário, os jornalistas e suas entidades sindicais sempre estiveram na primeira fila da defesa da liberdade de expressão, que é sufocada, aí sim, pelo monopólio dos meios de comunicação nas mãos de reduzido grupo de magnatas e grupos financeiros. É contra essa censura em pleno estado “democrático” de direito que os ministros deveriam focar o seu trabalho, e não contra os mediadores da livre expressão, os jornalistas!

O Sindicato dos Jornalistas constata, porém, que a amplitude da decisão do STF não está clara, pois não se conhecem os termos da decisão, nem todas as suas conseqüências, cujos contornos dependem de publicação do acórdão. Buscando esclarecimentos adicionais, a Fenaj realiza consulta ao Ministério do Trabalho e Emprego, para que sejam explicitados, efetivamente, quais são os novos procedimentos propostos.
Diante disso, a posição do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo é a de que o papel dos sindicatos de jornalistas por todo o Brasil e da Fenaj é o de organizar os jornalistas e defender seus direitos e condições de trabalho em confronto com os interesses das empresas. Continuamos com uma legislação profissional específica, piso salarial, jornada de trabalho e acordo coletivo. Todos esses direitos, conquistados na luta, continuam válidos.
Isso significa que todos os que passarem a se enquadrar no acesso à profissão, após a decisão do STF (cujos limites, por enquanto, ainda não estão claramente definidos), e exerçam funções jornalísticas nas empresas de comunicação gozam dos mesmos direitos consagrados em nossos acordos coletivos. Não permitiremos que este revés imposto pelo STF na luta da nossa categoria sirva para desqualificar e rebaixar ainda mais as condições de trabalho, salários e direitos em nossa profissão.
Com relação ao novo perfil da categoria, aguardamos a publicação do acórdão do STF a fim de que sejam definidos os procedimentos em relação à sindicalização e a vários aspectos da ação sindical.
Os pseudo-guardiões constitucionais no STF desconsideraram, propositadamente e em clara defesa do poder da mídia, que o inciso XII do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 atribuiu ao legislador ordinário a regulamentação para o exercício de determinadas profissões de interesse e relevância pública e social, dentre as quais, notoriamente, enquadra-se a de jornalista – ao contrário do que declarou o sr. Gilmar Mendes –, por conta dos reflexos que seu exercício traz à Nação, ao indivíduo e à coletividade.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo dirige-se ao movimento sindical, às entidades democráticas e à sociedade para alertar que a decisão do STF também é uma ameaça contra a regulamentação de outras profissões, atualmente questionadas pelo patronato.

São Paulo, 20 de junho de 2009

Direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O dia em que cometi raticídio


Eu poderia fazer aqui uma defesa exacerbada do diploma para exercer a função de jornalista, mas cansei de gastar saliva e pontas de dedos sobre o assunto. O STF não vai ressarcir meus quatro anos de faculdade, não importa o quanto eu proteste. Não vou dizer que estou feliz, mas, simplesmente, o assunto me esgotou. Também poderia falar da vitória do Corinthians sobre o Inter, mas para isso basta uma palavra: Ronaldo! Talvez falasse da seleção, mas acho que não é uma boa ideia no momento.Então, sobre o que escrever? Ah, já sei. Vou escrever sobre o rato. “Mas que rato?”, perguntarão meus seis leitores que não comentam. O rato que matei, ora.
Bem, vamos por partes. Quinta-feira, 18 de junho de 2009, 9h30. Já tinha feito minhas obrigações profissionais e paternais, ou seja, clipei as matérias para a assessoria de imprensa para a qual presto serviço e levei o Pedro (o pequeno herdeiro, para quem não conhece) à escolinha. Na hora citada, me preparava psicologicamente para exercer minhas funções de “Amélia” e começar a fazer o serviço de casa e preparar o almoço/janta. Então, eis que surge, direto do quarto do Pedro, o pequeno ser asqueroso, partindo velozmente para o meu quarto!
“FDP”, pensei de imediato. Lembrei que o sujeitinho já tinha aparecido no final de semana, segundo minha mãe, que nos visitava, ela teve que fazer malabarismos para se livrar do dito-cujo. Mas ele voltou. E lá vou eu revirar todas as tralhas do quarto para ver onde foi que esse sacripanta desse rato tinha se escondido. Mas como é que esse bicho entrou em casa? Depois que ele apareceu, sequer deixava as portas abertas para não correr o risco, mas ele entrou. Estava rondando o território e invadiu. Mas pagou o preço...
Não antes de me dar uma canseira violenta. Arrastei o sofá que está no quarto por falta de espaço na sala. Nada. Ao lado do sofá, o baú. Ahá! Ratos adoram baús. Arrastei, preparado para o confronto. Nada. Restavam a cama e o guarda-roupas. Deixei o guarda-roupas por último. Vai saber. Revirei a cama, tirei os dois colchões que ficam embaixo dela. Nada. Já me preparava para arrastar o guarda-roupas quando lembrei das caixas do computador, desmontadas atrás da cabeceira da cama. Mexi e ele estava lá. Estava, porque foi para trás do guarda-roupas. “Merda”.
Vamos lá, arrastei o trambolho, esperando ele tentar escapar. Fiz uma barreira, decidido que ele deveria sair, mas o desfecho foi pior do que eu imaginava. Atrás do guarda-roupas havia algumas folhas de papel-cartão (“Nossa quanta tralha”, pensará você que está lendo. É, muita tralha), e não é que ele estava ali?
Tentou escapar na hora em que puxei os papéis, mas eis que os papéis caíram sobre ele. Hora do plano B. Desci a vassoura sobre os papéis, sem pensar em nada, só queria cometer raticídio! Parei...
Mas ele se mexeu! Não tive dúvidas e mandei mais uma série de vassouradas, até que o bichinho parou de se mexer. Com o cabo da vassoura, verifiquei a obra: lá estava o safado, morto e amassado (eca!). Mas fiquei satisfeito. Dei-lhe um enterro digno em um saco de lixo, embrulhado nos papéis que serviram de abrigo momentâneo. Matei o rato, atrasei o almoço, quase perdi a hora de pegar o Pedro na escola. Diazinho mais ou menos...

sábado, 13 de junho de 2009

Eu tento fazer poesia


Falamos demais, mas não entendemos
O tempo lá atrás, o vento nos cabelos
Cabelos ao Vento, o riso e alegria
Verdades mentiras, a noite e o dia
A vida pra frente, a morte é passado
Passado presente, futuro estragado
Tal qual marmita azeda do proletariado
Em novas veredas, sem tempo marcado
Relíquias malditas, benditas as horas
Que passam na vida, então vamos embora
Não resta mais nada, só a doce ressaca
Das noites passadas onde o copo girava
E a bebida tragada nos embriagava

A farsa do dia dos namorados


O Brasil se caracteriza por ser um país farsante. Nós fingimos que não somos preconceituosos, fingimos que sabemos das coisas, fingimos que não sabemos das coisas, temos a capacidade de nos indignarmos com tudo e protestar, desde que seja em frente à televisão. Às vezes me sinto tirado daquela música do Ultraje a Rigor, Inútil, já que “a gente faz carro e não sabe guiar, a gente faz trilho e não tem trem pra botar...a gente faz música e não consegue gravar, a gente escreve livro e não consegue publicar” e por aí vai. Somos farsantes.
Aprendemos a conviver com a farsa desde pequenos. No Brasil não neva, mesmo assim, em cidades ensolaradas em pleno verão, vemos pessoas vestidas de Papai Noel com roupas pesadas e quentes e nossos enfeites de Natal lembram a neve, que cai na Europa e nos Estados Unidos nessa época do ano. Somos farsantes.
Temos milhões de feriados e datas comemorativas sem sentido algum. O dia das crianças foi uma invenção comercial, já que não há nada em outubro que faça o comércio vender. É o período de entressafra entre o dia dos pais (fictício) e o Natal.
Mas nada é mais obscuro do que o dia dos namorados no Brasil. Não há um motivo lógico para que o dia dos namorados seja em 12 de junho. Reza a lenda que é por conta do dia de Santo Antônio, considerado casamenteiro pela crendice popular, cuja data é comemorada no dia 13 do mesmo mês. Balela.
Na maioria dos países do mundo, o dia dos namorados é o dia de São Valentino, em 14 de fevereiro, cuja história explica o por quê da data. O imperador romano Cláudio II proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que se os jovens não tivessem família, se alistariam com maior facilidade.
No entanto, um bispo continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimônias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Asterias, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram se apaixonando e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270.
Tem um significado. Mas e o dia 12 de junho? Significa o que? Nada. O dia dos namorados é mais uma farsa comercial feita para tapar os buracos do comércio durante o mês de junho. É mais uma entressafra comercial. É uma farsa. Somos todos farsantes!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Briga de torcidas


Até quando vão insistir na balela de que um ônibus - EU DISSE UM! - com torcedores do Corinthians parou para emboscar 15, veja bem, 15 ônibus de vascaínos? É tão ridículo que dá pena. Até quando a imprensa esportiva vai se esconder atrás dos microfones e ficar fornecendo a versão oficial da PM? São jornalistas ou papagaios de pirata? No curso de jornalismo, pelo menos o que eu fiz, os professores falavam de apurar a notícia, ouvir os dois lados, sem tirar conclusões. Mas o que vejo na imprensa esportiva é apenas um bando de reprodutores de releases da assessoria de imprensa da Polícia Militar, sem falar na ânsia que esses repórteres têm de ouvir qualquer promotorzinho que não faz nada além de ficar no ar condicionado planejando qual a próxima ação para aparecer na mídia. Não lembram do Capez? Se houve emboscada foi da PM, que colocou as duas torcidas no mesmo trajeto, além de parar o ônibus dos corintianos para que os vascaínos passassem. Tivessem os pseudo jornalistas um pouco mais de vontade em dar a informação de forma correta, estariam cobrando explicações do comando da PM ao invés de ficarem inflamando ainda mais as torcidas. A imprensa esportiva é omissa e cúmplice da inoperante PM de São Paulo. Mas fazer o quê? Os patrões da imprensa esportiva são aliados do patrão da PM, o senhor José Serra, que quer ser presidente da República e não pode deixar vazar a incompetência de seus comandados. E não me venham com essa balela de Rio e São Paulo, quem é melhor ou pior. Somos todos perdedores, não importa onde nascemos. Somos reféns de policiais despreparados, governantes corruptos, promotores que querem ser estrelas e uma imprensa omissa e conivente. Lamentável.

domingo, 24 de maio de 2009

Eu tento fazer poesia


há dias que não vejo ninguém
há dias que me tranco dentro de mim

mesmo sem saber aonde ir
há dias que não sei quem sou
os moinhos de vento de minhas loucas fantasias voaram para longe
os gigantes de pedra de minhas fábulas me deixaram aqui
para viver um presente sem perspectiva
um futuro sem alternativa
uma vida que seria minha se eu já não a tivesse
olhei para longe mas nada vi
enxerguei o luar mas não o compreendi
vivo mas não sei até que ponto posso afastar os gigantes
de meus moinhos

Clipes que eu curto


Nelie the Elephant (Toy Dolls)

terça-feira, 19 de maio de 2009

A fada dos dentes


Não faz muito tempo, o Pedro começou com uma história de que era muito pequeno para o dente cair. Não entendi muito bem, mas concordei com ele, e perguntei porque queria que os dentes caíssem e se algum coleguinha da escola já tinha perdido algum dente. “Não, papai, meus amiguinhos também são muito pequenos”, me respondeu o pequeno herdeiro.
Confesso que fiquei intrigado, mas achei graça. Como ele não tocou no assunto, deixei pra lá. Mas, no domingo, a conversa sobre o dente voltou à tona. Desta vez ele parecia mais preocupado, dizendo que ia demorar muito para cair o dente. De imediato lembrei de um desenho, onde a ‘fada dos dentes’ deixava uma moeda em troca do dentinho-de-leite de uma criança. Liguei uma coisa a outro e perguntei: “Porque você quer que o dente caia, é para a fada dos dentes vir te visitar?”.
Mais do que depressa ele abriu aquele sorriso e respondeu: “Isso mesmo! Porque Aí, eu deixo meu dente embaixo do travesseiro e a fada dos dentes entra pela minha janela e deixa uma moeda graaaande (frisar bem o grande) para eu comprar o que eu quiser!”.
Olhei para Layla, ela olhou pra mim, olhamos para o Pedro... e explodimos em gargalhadas. Bom, vamos fazer o estoque de moedas para quando a ‘fada dos dentes’ começar a visitar o Pedro. Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e, agora, fada dos dentes. Acho que vou processar a emissora...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Eu tento fazer poesia


Ausência?

invento canções, não as canto
cubro-me com teu manto
aceito teu descuido
agride-me, fico mudo
mas não mudo o que quero
te venero te preciso
solitário indeciso indecente carente de você
quem é você?
já não vejo meu rosto nos seus olhos
vejo minha alma
acalma a onda do mar
me sinto num navio entre as nuvens
entre os seres entre nós
se não te vejo sorrir é porque já esteve aqui
e agora vou partir e descobrir
que não há mal nenhum que te leve tão longe
sei onde estás e posso te encontrar
em todas as viagens que já fiz ou que farei
és minha ou sou teu e não importa o que digam
só eu sei a essência de te sentir ao meu lado
quando não estás aqui.

Control


Depois de um período tentando encontrar o filme Control, que conta a história do vocalista do Joy Division, Ian Curtis, finalmente consegui assistir. Em preto e branco, o filme de Anton Corbijn mostra os principais momentos de Ian, e sua curta, mas avassalador carreira à frente do Joy, sua relação com a esposa Debbie e sua amante Annick, a epilepsia, o sucesso, o suicídio. Enfim, uma obra que, quem gosta de música, principalmnte de rock, não pode deixar de assistir. Da minha parte, considero imperdível.


A Marisa não gostou...


... da postagem que fazia menção a ela. Tudo bem, como prometi melhorar, não farei mais menção ao nome da moça de Bastos, a não ser que seja algo que não pode passar em branco, ok? Na verdade, tenho medo que ela cobre por uso indevido ou qualquer coisa do gênero. Vou consultar meus advogados.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Deus como você nunca viu


O blogue Um Sábado Qualquer é bem bacana. O autor, Carlos Ruas, faz as tirinhas sobre Deus e a criação do mundo, Adão, Eva, entre outros. Vale a pena conferir. Deixo um aperitivo pra vocês:


Prometo melhorar!


Levei uma bronca, via comentários, da Marisa (Sei!). Ela disse que estou demorando para atualizar o blogue. Ora, tá pensando que é assim? Mas tudo bem, em homenagem à Marisa, a moça de Bastos, prometo tentar ser mais assíduo no meu próprio blogue. Afinal, sem atualização ninguém vai ler, não é mesmo?

Minha sobrinha me sacaneia!


Olhe bem essa imagem e diga o que acha. Vê se pode me colocar vestido de Olodum e sair batucando por aí? Tudo bem, respeito o Olodum, a importância que ele tem e blá, blá, blá, mas aí é sacanagem demais, não é não? Culpa da minha ilustre sobrinha, que agora inventou de me pokear no Orkut a toda hora com cenas bizarras. Deve ser porque a chamo de emo, ou ema, como preferir. Ela jura que não é, mas eu tenho minhas dúvidas. De qualquer forma, serei obrigado a tomar providências drásticas, caso isso venha a se repetir. Fala sério! A gente cuida tão bem da família e eles aprontam esssa coisas. Me aguarde, sobrinha...




















domingo, 3 de maio de 2009

É nóis!!!


Bom, meu amigo Zé Marcos deve estar chateado com o título do Timão, ainda mais invicto, mas, se serve de consolo, nós mandamos a peixada que eliminou o parmera do Zé para o espaço. Desculpem, mas não há muito o que dizer hoje, a não ser: É CAMPEÃO!!!

Aqui tem um bando de luoco
Louco por ti Corinthians
Aqueles que acham que é pouco
Eu vivo por ti Corinthians
Eu canto até ficar rouco
Eu canto pra te empurrar
Vamos, vamos, meu Timão
Vamos meu Timão
Não pára de lutar!

Ah, e antes que eu me esqueça: Ronaldo!!!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Eu tento fazer poesia


Mente

Tenho a mente solta
Como um furacão sem rumo
Abalando as estruturas, destruindo coisas
Que ninguém imaginou
Tenho a mente leve
Como o vento que lambe os cabelos
Que sopra furioso na tempestade
Que tem o gosto da liberdade
Tenho a mente livre
Como o pássaro que gorjeia
Nas pradarias, na serena manhã
Que bebe do orvalho doce
De cada flor ou planta
Que lhe oferece as gotas da noite
Tenho a mente aberta
Como o mar infinito e o céu aprisco
Que encantam os corações nas noites de luar
Quando a lua desce do céu
Pra poder beijar o mar!

(11/02/2000)

sábado, 18 de abril de 2009

Clipes que eu curto


Festa Punk (Replicantes)

Sabadão...


E aqui estou eu, vendo American Idol, zapeando a TV nos intervalos para assistir o jogo dos porcos contras as sereias e tentando escrever algo que preste neste blog. Não sei se consigo, diante de tantas opções e do Pedro batendo em uma bexiga no meio da sala. Mas nem tudo está perdido, afinal o American Idol trouxe o Tarantino, para nossa felicidade e o Adam acabou de cantar uma versão fantástica de Born to be wild, apesar do Simon não ter gostado (para quem não acompanha o AI, Simon é o jurado mala e Adam é o candidato favorito de todos). No mais, O Santos fez 2 a 0 no Palmeiras e o Pedro está a todo vapor, querendo jogar a bexiga cada vez mais alto. Bom, isso é sabadão, e minha cerveja está gelada. Quer mais? Eu não!

sábado, 4 de abril de 2009

Da série "meus amigos blogueiros"


Minha amiga Mara De Santi, jornalista e mãe, não necessariamente nessa ordem, tem um blog pra lá de bacana, o Espacejamentos, onde ela escreve coisas de seu cotidiano. Alguns dos melhores momentos são os diálogos entre ela e sua filhinha Bárbara, reproduzidos no blog. O último que li me levou às gargalhadas e não pude deixar de fazer o famoso Ctrl+C, Ctrl+V. Excelente!!!

King Kong

- Mãe, fala de novo como tudo começou...
- Tudo o quê, filha?
- Ah, como as coisas surgiram no mundo, como tudo se criou, oras.
- Entendi... então, lembra que eu disse que no começo só tinha terra e água? E, na água, se criaram os primeiros seres com vida...
- Mas, ôôô mãe...
- Quê?- Não foi o King Kong que criou tudo?
(pausa dramática: COMO ASSIM? Essa informação eu juro que não passei... o que será que ela anda assistindo? o que estão ensinando na escola? oh, lord!)
- Bárbara, que King Kong? Não me lembro de ter falado nada disso
- Mãe, o King Konggggggg... você falou!
(ai jisuis... eu falei? que horas? não tenho tomado nenhum psicotrópico! como eu ia falar pra minha filha que um macaco com doze metros de altura criou o mundo? será que tenho dupla personalidade? pronto, pode chamar o Juqueri!)
- Filha, não me lembro de ter falado sobre King Kong...
- Mãe, aquela explosão... que começou com tudo...
- AAAAAAHHHHHHH.... o BIG BANG, Bárbara.... o Big Bang!
- É, esse aí mesmo....

* bom saber que não estou louca... e me matar de rir com a idéia de um deus gorila criando o mundo

domingo, 29 de março de 2009

Direto do blog do Zé...


Meu amigo José Marcos Taveira, ou Zé Marcos, como todos o conhecem, é uma figura ímpar. O blog dele bomba, não só em Araçatuba, onde o cara é jornalista e professor, mas em todo o País, afinal, jornalista tem amigo no Brasil inteiro, quissá, no mundo, né não? Os posts do Zé são sempre superanimados e este que resolvi copiar e colar descaradamente, é uma prova disso. Morri de rir, e tenho certeza que quem ler vai ter a mesma reação. Leia, divirta-se e, depois, dá um pulo no Blog do Zé Marcos - www.blogdozemarcos.com - imperdível!

Papo de criancas modernas

Posted: 28 Mar 2009 04:08 PM PDT

Enviado pelo Jean Oliveira

- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas, tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?- Hummmm, pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? Vixe! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então, ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu! Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Pura maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele pode passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. Só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes, ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.

Soltar a dona da Daslu é uma afronta ao povo


Não sei o que vocês pensam, mas ao ver afoto da maior ladra do País sorrindo ao sair da cadeia, me senti um lixo. A (in) Justiça brasileira deixa solta uma vadia que sonegou R$ 1 bi em impostos, enquanto pobres mofam atrás das grades por muit, mas muuuito menos! Em 2006, uma doméstica ficou quatro meses presa por ter pego um pote de margarina de 200mg em um mercado. Ela foi flagrada pelo dono, que deve ser um desses imbecis eleitores do PSDB, e foi para a cadeia. Esse não foi o único caso, houve muitos outros de injustiças cometidas Brasil afora pelo Judiciário.
Agora, temos que conviver com os risos e chacotas dessa gente, que não hesita em colocar o empregado na cadeia se ele pegar um pedaço de carne para alimentar os filhos. A senhora Tranchesi ri e diz que vai aumentar a Daslu. Ótimo! Talvez o Serra e o Alckmin estejam na inauguração! Talvez o presidente da OAB, o senhor D'Urso, vá fazer umas compras, afinal, ele considerou a prisão arbitrária.
Neste caso, mais a soltura dos diretores da Camargo Corrêa (aí em, DEM, PSDB, PPS...), só há uma coisa a dizer e quem diz é o Ultraje a Rigor:


sábado, 21 de março de 2009

Clipes que eu curto


Rise (Public Image Ltd)

Ballroom Blitz, by Matrix


The Sweet é uma merda de banda, mas acertaram a mão com Ballroom Blitz. Aí, algum engraçadinho acertou a mão e fez um clipe usando cenas de Matrix. Eu achei legal. Não sei o que vocês acham, mas confiram:

A reforma ortográfica, by Pedro


A tal reforma ortográfica é uma chatice, mas não vou ficar fazendo conjecturas a respeito do que os velhinhos da ABL andam planejando. Só uma consideração: se iam fazer tanta bobagem, poderiam ter feito uma coisa boa eliminando a crase, não é mesmo? Afinal, pra que serve aquela m%$$¨% de acento agudo invertido? Bom, deixa pra lá.
A verdade é que a reforma ortográfica mexeu com a vida das pessoas, principalmente as que trabalham com comunicação e educação (me incluo no primeiro caso). No entanto, não são apenas esses profissionais que quebram a cabeça para se adequar às novas regras (olha a crase aí. Será que acertei???), meu pequeno herdeiro, o Pedro, já está fazendo sua parte, visando as reformas futuras, afinal, uma criança de três anos tem muito o que pensar, não é verdade?
Além das frases desconexas normais de uma criança, o Pedro inventou uma nova palavra, para definir algo que ele está mais do que certo: "concertezamente". Sim!
Pergunte ao Pedro: "quer um sorvete de limão?" (ele adora sorvete de limão), e vai obter a seguinte resposta: "concertezamente!". O que significa? Sei lá! Talvez algo que é mais do que certeza, uma junção de "certamente" e "com certeza". Mas, o fato é que, aqui em a]casa, nossa happy family já aderiu à nova ortografia de Pedro, e todos falamos "concertezamente". Isso ainda vai virar mania nacional, concertezamente!

Eu tento fazer poesia...


Reflexos

Quantas vezes?
Quantas noites?
Quantos passos?
Qual caminho?
Que segredos?
Que destino?
Somos pobres, somos nobres
Indiferentes de sangue azul
Quem sabe...
Sonhos
Pesadelos
Você sabe!
Talvez o ontem
Refletido no espelho do amanhã
Que insiste em deixar um espaço vazio
Uma vaga no ar
Um vácuo, um lugar
Porque...
...o amanhã nunca chega!

(21/12/1999)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Meu filho é um pensador


Os pais babões não se cansam de mostrar suas crias. Meu pequeno herdeiro sempre foi boêmio e, na foto abaixo, ele está todo prosa na Cachaçaria Água Doce de Bauru, onde fomos comemorar o niver de nossa amiga Vivi Campos. Sente a pose do menino. Tem estilo ou não?

segunda-feira, 9 de março de 2009

O novo Maluf


O nome é José Cardoso Sobrinho. Ele é arcebispo de Olinda e Recife, mas bem que poderia se chamar Paulo Maluf. Não vou comentar mais nada diante da burrice e hipocrisia medievais de um representante da igreja católica. Parafraseando o rei da Espanha, senhor arcebispo, por que non te calas?






domingo, 8 de março de 2009

Eu estava lá!


O clipe abaixo é do Camisa de Vênus. A música é "Deus, me dê grana", que fez até algum sucesso. O detalhe é que ele foi gravado na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Jaraguá, em São Paulo. O detalhe: eu estava lá, aos 17 anos, ao vivo e em cores, cara a cara com o Marcelo Nova e sua turma. Foi muito legal assistir a gravação do clipe de tão perto. Para brindar minha meia dúzia de leitores, aí vai o clipe. É bem legal. Aproveitem!


Ele voltou!


A porcada que me perdoe, mas eu tô cagando e andando para tabu e todas essas bobagens que jornalista esportivo adora. O importante hoje é que o Fenômeno está de volta. Gordo, fora de forma, sem fôlego, o cara fez três jogadas contra o timinho da Barra Funda. Na primeira mandou a bola na trave. Na segunda, deixou a zaga porca a ver navios e cruzou na medida para o André Santos cabecear. Mas o melhor estava por vir. Aos 48 do segundo tempo, Elias faz bobagem mas consegue o escanteio, Douglas acerta o único cruzamento do jogo inteiro, o porquinho que estava de azul fez que foi, mas não foi, o Marcão, que deveria ser preso, não expulso, mas contou com a simpatia do juiz ladrão, ficou só olhando e ELE subiu, livre, e com a categoria que só o Fenômeno tem, mandou pro fundo da rede porca: GOL DE RONALDO! Não preciso dizer mais nada. Não ganhamos deles desde 2006? Tudo bem! Hoje o jogo foi nosso, e isso ninguém pode tirar! Ronaldo voltou!


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Pedro sabe tudo!


Meu pequeno herdeiro é muito inteligente! Além de decorar músicas com muita facilidade, ele consegue assimilar jogos e brincadeiras com uma facilidade incrível. E só tem 3 anos! Vejam o pequeno herdeiro em um momento de descontração, massacrando um pobre adversário, rs.


Se você é menor de idade, não assista esse vídeo!


Têm coisas que só o YouTube faz por você...

Eu tento fazer poesia...


Fúria

O tempo
Que pára e repara nas vidas alheias
Quando sopra o vento
Há diferentes sentimentos
Entre a busca e o objetivo
E o coração pára num alarme falso
Quando o corpo cair
A mente Some Foge Voa
Sobre outros mares
Por outros ares
Lugares...
Não tente deter o vento
A fúria que vem de todos os lados
Separados
O espetáculo infinito
Onde o espectador é o tempo

(20/12/1999)

Eu tento fazer poesia...


Esta é mais uma das muitas séries que invento para este blog. Nesta seção "Eu tento fazer poesia...", vou postar algumas coisas que escrevi nos últimos anos e outras atuais. Espero que minha meia dúzia de leitores goste.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Eu quero ser um milionário!


Vou deixar algumas considerações sobre o Oscvar, já que não tive tempo antes. Na minha modesta opinião, foi uma das melhores cerimônias dos Academy Awards que já assisti. Em primeiro lugar porque o ator Hugh Jackman foi uma agradável surpresa na apresentação da festa, cantando, dançando e fazendo boas piadas (aprendeu Billy Cristal?). Mas o máximo mesmo foi ver um filme - Quem quer ser um milionário? - dirigido por um inglês (Danny Boyle) e estrelado por crianças indianas, com vários indianos na equipe, vencer o Oscar de maneira tão sublime.
Melhor do que tudo isso, desbancando um suposto favoritismo de O Curioso Caso de Benjamin Button, numa mostra de que os brasileiros e, principalmente, as brasileiras, não entendem de cinema. Me desculpem, mulheres, mas apostar em um filme só por causa do Brad Pitt é a maior perda de tempo que existe. Mas, fazer o quê? Vejam, bem, não estou dizendo que Benjamin Button é um filme ruim, mas dificilmente venceria Quem quer ser um milionário? perderia essa parada.
No mais, Sean Penn e Kate Winslet mereceram seus prêmios, assim como Penelope Cruz e Heath Leadger, como coadjuvantes. A surpresa - para mim, mas não para o Rubens Ewald Filho - foi o melhor filme estrangeiro, vencido pelo japonês Departures, que desbancou o israelense Waltz with Bashir. Bom, o mundo não é justo... Enfim, foi uma bela festa, simples, mas completa, sem enrolação. Será que os velhinhos da academia estão aprendendo???

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Vida de Amélia


Lavar, passar, cozinhar, cuidar do filho e ainda trabalhar fora. Esta é a vida da mulher moderna...e a minha também! Desde que saí do jornal estou nessa vida. A coisa funcionava mais ou menos assim: eu trabalhava 12 horas por dia, seis no jornal, seis na editora. A Layla (You've got me on my knees, Layla) trabalhava meio período. Logo, a função Amélia era dela, mas...
Quis o destino - ou melhor, o João Jabour (pé de pato, mangalô, três vezes), "gerente" do JC - que minha situação melhorasse (God bless you, JJ) e eu ficasse só na Alto Astral. Já a musa inspiradora foi "promovida" a período integral, assim, invertemos os papéis. Ou seja, eu fico em casa pela manhã e trabalho à tarde. Cabe a mim lavar, passar, cozinhar, trocar o herdeiro, levá-lo e buscá-lo na escola e demais tarefas diárias que toda a casa necessita.
Tá certo que nem passo tanto assim. Uma ou outra peça, quando sobra um tempinho. Afinal, 'minha amiga de casa, minha colega de trabalho', ninguém merece passar roupa. As roupas deveriam vir com um dispositivo auto-desamassante.
Bom, assim caminha a humanidade, não é mesmo? Agora, para melhorar a situação, arrumei um frila para fazer em casa. Não é nada muito complicado, mas tem dia que toma um tempinho. Enfim, isso é que é vida de Amélia. Só falta uma compositora escrever uma canção que enalteça as qualidades do homem doméstico. Agora, com licença, porque ainda tenho algumas coisinhas para fazer...a pia está cheia de louças...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Clipes que eu gosto


Rock de Subúrbio (Garotos Podres)

Isso não tem propósito!!!


Você tem filhos? Não? Então não deve saber a aventura que é cada dia com eles, não é mesmo? Mas se tem, já experimentou aquela sensação de letargia a cada frase diferente que ele fala, depois que aprende as primeiras palavras. Eu tenho um, o Pedro, que é uma figurinha. Você não consegue dar uma bronca nele sem morrer de vontade de rir e, aí, a seriedade foi por água abaixo. Mas...quem precisa ser sério aos três anos???
O Pedro inventa um pouco de tudo: ele canta músicas que ninguém conhece, ele inventa histórias ele questiona, ele filosofa... Esse é o perigo. Não faz muito tempo, o príncipe regente entrou numas de perguntar por quê. Por quê isso? Por quê aquilo? E por aí vai. Até aí, normal. Os "porques" fazem parte do desenvolvimento. O problema maior é que, nem tudo que os filhos perguntam, nós conseguimos responder. Aí é que reside o perigo real e imediato!
Numa dessas sabatinas entre filho e pai (sim, sou sabatinado diariamente), chegou o momento em que não havia mais resposta. Pai bobão que sou, resolvi tentar ludibriar o pequeno herdeiro e tasquei-lhe um "porque sim". Ele olhou com aquela cara de "agora vou te sacanear" e rebateu: "porque sim não tem propósito". Hein????
Tá, tudo bem, é lindo ver uma criança de três anos descobrindo o vocabulário, mas precisava desconcertar desse jeito? É assim que esse pentelhinho paga todo o carinho que lhe dou? Ora, que audácia!. Resolvi me vingar, e comecei a perguntar uma série de coisas, até que ele caiu na armadilha (como adulto é besta!), respondendo "porque sim". Era meu momento: "porque sim não tem propósito", rebati. Me senti vingado... por 10 segundos. "Tudo tem propósito, papai!", lançou-me de volta o fedelho. Aí...parei! Pô, como se destrói os sonhos de uma dulto dessa forma?
Tá, tudo bem, babei com ele, claro! Mas, desde então, isso tem sido um mantra. E eu me pergunto: será que todas as crianças de três anos têm essa desenvoltura, ou estou criando um monstrinho filosófico? Ah, quem se importa? Não é uma coisa maravilhosa descobrir que você colocou no mundo alguém capaz de tantas perguntas, mas, ao mesmo tempo, de respostas tão inteligentes?

A morte de Jurandyr Bueno


O arquiteto Jurandyr Bueno é uma das poucas personalidades de Bauru que merecem consideração e respeito, por tudo o que representa para a cidade e por conta de sua coragem em ficar por aqui, quando o mundo aguardava sua presença. Tive a oportunidade de entrevistá-lo algumas vezes, e sempre foi uma pessoa coerente e correta.
Entrou novamente na política com a finalidade de fazer algo bom por essa cidade, ainda que muitos daqui torçam pelo "quanto pior, melhor", não é mesmo Dudu Ranieri? Mas Jurandyr Bueno estava acima das mesquinharias políticas. Idealista, queria realmente transformar Bauru em um lugar bom para se viver. Agora, assume seu cargo, na qualidade de suplente, Moisés Rossi. Estaremos de olho na sua conduta, senhor vereador, para que respeite a cadeira que ocupe.