segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Comer amora?

Uma criança na fase de aprendizado é algo que devemos observar com carinho, porque dessas cabecinhas a mais de mil por hora surgem algumas pérolas fantásticas.
Já contei aqui, para meus seis leitores, algumas das peripécias do meu pequeno herdeiro, o Pedro. De vez em quando ele solta algumas frases desconcertantes tiradas do nada, ou simplesmente entende errado o que dissemos.
Foi o caso da nossa viagem de Sampa para Bauru, no domingo depois do Natal. Eu e minha cúmplice conversávamos sobre o cardápio do Ano Novo, quando ele perguntou o que era o Ano Novo.
A Layla respondeu que é uma festa em que a gente comemora o fim de mais um ano e a chegada de outro. Ele até que entendeu, mas eis que de repente ele solta a pérola: "Eu gosto de comer amora".
Hein? Como assim, comer amora? O que tem a ver? Ora, mãe, você não falou que a gente come amora no Ano Novo? Pausa dramática de pais estupefactos... Risadas... Explicação: não é come amora, filho, é comemora, festeja. Ah, bom! Mas eu gosto de comer amora mesmo assim. ´
Esse é o Pedro...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Menino Jesus acredita em Papai Noel?

Eu juro para meus seis leitores que gostaria de escrever um texto sobre o Natal que enaltecesse a bondade, a solidariedade e o espírito natalino que toma conta das pessoas durante essa época do ano. E eu me sinto assim, com vontade de escrever essas coisas, mas cada vez que paro para pensar, percebo que perdemos a verdadeira essência do que é o Natal.
Andamos pelas ruas e vemos pessoas cheias de pressa com sacolas nas mãos e mais preocupadas com o que o amigo secreto vai pensar do presente que vai ganhar do que com a importância que um abraço terá para esse amigo secreto.
Lemos os jornais e vemos que o comércio comemora o crescimento nas vendas e o lucro recorde, mas não nos lembramos que para isso, trabalhadores praticamente abandonaram suas famílias e, com certeza, não levarão parte desse lucro para compensar o tempo dedicado ao trabalho.
Vemos grupos de jipeiros, roqueiros, motoqueiros e muitos outros fazendo campanhas natalinas para arrecadar brinquedos para crianças pobres e nunca perguntamos onde estavam essas pessoas durante o ano inteiro, quando faltou o arroz e o feijão na mesa dessa criança.
Ontem, dia 23 de dezembro, fui ver as luzes de Natal na avenida Paulista. Tudo lindo, um sonho para adultos e crianças. Eles realmente se superaram. Mas onde estava o Menino Jesus, aquele que chega nesse dia 25? Exceto em um presépio que estava dentro do Conjunto Nacional, fechado ao público àquela hora da noite, não vi nenhuma menção a Ele.
Mas, como fazer uma festa de aniversário sem o aniversariante? Não percebemos isso, porém, a figura de Papai Noel tomou conta do Natal. O Menino Jesus foi esquecido? Talvez não. Talvez esse pequeno ser que chega todos os anos no mesmo dia 25 de dezembro ainda esteja nas mentes e nos corações das pessoas, mas realmente, não sei se ele, o Deus Menino, acredita em Papai Noel.
Desculpem o desabafo. Um ótimo Natal para meus queridos seis leitores - que já são muito mais do que isso. Independentemente de acreditar no Menino Jesus ou no Papai Noel, que as luzes do Natal nos iluminem os 365 dias do ano que vai chegar.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu tento fazer poesia...

Espelho da alma

Preciso de um espelho pra alma
Que mostre um estado do espírito
Que seja sincero enquanto medito
Sob a lua que me acalma

Preciso de um barco ancorado
Pronto para zarpar e ir além
Em busca de mais alguém
Que sempre esteja ao meu lado

Preciso de noites e dias
Que sejam mais bem vividos
Que tragam entes queridos
Que façam da dor alegria

Enfim preciso de ti
Dos sonhos que já sonhamos
Do pranto que já choramos
Do riso que me sorri

sábado, 4 de dezembro de 2010

"Meus bons amigos, onde estão?"

Me apropriei indevidamente desta frase que abre a bela canção do Barão Vermelho, Meus Bons Amigos, para perguntar o que realmente temos feito pelos nossos amigos. Pode ser fruto da saudade, ainda mais estando tão perto e tão longe da maioria deles.
É claro que não esquecemos nossos amigos. Nunca esqueci os meus. Tenho um carinho especial por todos eles, em maior ou menor grau, não importa. Afinal, temos uma infinidade de amigos, sejam eles de bar, de trabalho, dos tempos de colégio, da vida. Não importa. Todos são importantes no nosso processo de amadurecimento. Todos são amados.
Posso dizer que a vida foi generosa comigo. Tenho amigos que posso ficar anos sem ver e, mesmo assim, quando nos encontramos, parece que nos vimos no dia anterior, tal o grau de afinidade e intimidade que adquirimos ao longo de nossa convivência.
Essa saudade repentina que sentimos deles nos mata aos poucos. Eu sei que parece ridículo falar em saudade nessa época em que a Internet deixou as pessoas tão próximas. Mas, meus amigos, a comunidade virtual não substitui o abraço, o sorriso, o carinho, a ofensa bem humorada, o sarcasmo, a crítica, as desavenças e as reconciliações, os brindes, as lágrimas e as histórias que temos pra contar.
Meus bons amigos, onde quer que estejam, meu pensamento está com vocês. A saudade é grande. Talvez falte um e-mail, um telefonema, uma mensagem no Orkut, no Facebook, no Twitter, não importa. Não falta carinho e amor por todos vocês.