terça-feira, 1 de setembro de 2009

Eu tento fazer poesia...


A volta

Há tanto tempo sem visitar você

Minha mente se esvaiu de novo em devaneios.
Percebi o absurdo de me manter distante
Enquanto as luzes da cidade me acompanham vorazmente
Em busca de soluções incompreensíveis.

Me vi diante dos seus olhos afinal

E não há nada mais agradável que a insegurança que você me proporciona
Disse olá, disse como vai, disse até breve
Mas breve é apenas um momento
E cada momento longe de ti é uma eternidade.

Fiquei perdido durante anos

E me encontrei novamente aqui
Mas não tenho certeza de nada mais
A não ser da sensação de insustentável leveza
Plagiando Kundera descaradamente.

Voltei, mas não estou aqui

Sairei em busca de outros caminhos
Enquanto os ventos sopram na direção contrária
O oposto do oposto, de um sentimento infindável
Mas que garante horas de desespero e sofrimento.

Sorria, afinal, não há mal nenhum em sorrir

Enquanto todos lhes dão as costas
Apesar dos pesares, voltei.
Penso em ficar, mas se deixar de me ver em seus olhos
Nada mais fará sentido.

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