terça-feira, 2 de novembro de 2010

O estranho mundo de todo mundo

Filosofar nunca foi a minha praia. E, se um dia cheguei perto de qualquer coisa parecida, nego com veemência. Por outro lado, um pouco de divagação sobre as ciladas que a vida nos prega sempre é bem vinda. Normalmente isso é feito sob efeito do álcool ou de qualquer outra substância menos lícita (como se o álcool fosse lícito).
De qualquer forma, não é o caso. Não estou sob efeito de álcool, nem de qualquer erva ou comprimido que possa comprometer minha sanidade. Acho que já nasci insano.
Enfim, nos últimos tempos tenho notado que as pessoas estão cada vez mais estranhas, a ponto de o diferente, atualmente, é ser normal.
Nunca fui normal. Quando criança era meio nerd. O rock me salvou. Não que isso tivesse efeito sobre as pessoas, afinal, um nerd roqueiro não deixa de ser um nerd. O problema é que a condição de nerd nunca me agradou, então decidi que não seria, e não fui. Não me arrependo. Mas, de vez em quando, sinto que poderia estar rico como executivo de alguma empresa de tecnologia. O rock errou.
Por outro lado não posso me queixar, já que se tivesse seguido caminhos diferentes não teria conhecido metade das pessoas que conheci. Entre ser um nerd rico, sem amigos, e ser um ex-punk pobre com muitos amigos, prefiro a segunda opção. Se ela viesse com grana seria melhor, mas aceito sua condição de pobre, assim como eu.
O fato é que as coisas são como são por algum  motivo. Há quem acredite nos desígnios de Deus, há quem creia no destino. De minha parte, penso que somos responsáveis pelos caminhos que trilhamos, mas não descarto que há várias versões de nós em outras dimensões. Essas versões devem se encontrar em algum momento, mas se divorciam por incompatibilidade de gênios.
Resumindo, somos muitos e vivemos vidas diferentes ao mesmo tempo, mesmo que não saibamos disso. E quem gostaria de saber? Esse tipo de conhecimento é mortal. Ou vocês acham que os loucos são loucos por que?

2 comentários:

Samuel disse...

Eu respondi seu comentário lá no Filosofando online.

Zemarcos Taveira disse...

::: Ótimo texto, amigão! Vou reproduzi-lo na Cia dos Blogueiros para compartilhar com os membros.