terça-feira, 2 de agosto de 2011

Quando seu filho chora

Meus seis leitores estão acostumados a acompanhar as peripécias do pequeno herdeiro por este blog, mas acredito que nunca tenha contado coisas tristes que aconteceram na nossa relação pai e filho.
Talvez porque seja mais justo com as crianças que divulguemos os momentos em que elas nos fazem sorrir, seja por suas observações, seja por suas vontades. Mas há passagens tristes que devem ser lembradas, até como exemplo do que devemos superar para dar ao filho tudo o que ele merece e precisa.
Por força da profissão de jornalista, já me mudei algumas vezes. Quando o pequeno herdeiro nasceu, eu morava em Araçatuba e minha cúmplice estava em São Paulo. Só quando Pedro tinha sete meses é que passamos a viver todos juntos, desta vez em Bauru.
No ano passado, voltei para São Paulo para trabalhar temporariamente no R7 e deixei, de novo, a Layla e o Pedro sozinhos. Mas ele superou bem, assim como ela. No começo deste anos, nos unimos de novo, em Sampa.
Mas não é fácil ser jornalista. Por força das circunstâncias tive que ir para Itu, para trabalhar no site da Fazenda. Até outubro estarei exilado por aqui. Foi exatamente na hora da despedida que meu coração apertou.
Quem tem filhos sabe a dificuldade de se despedir deles. Na hora de dar tchau eu desabei. O que acontece quando seu filho vê você para baixo? Ele cai junto.
Meu pequeno herdeiro se desmanchou em lágrimas e, essas lágrimas me doíam como se estivesse levando punhaladas. Cada gota que caía dos olhos do Pedro me atingia no fundo da alma.
Ficamos uns cinco minutos abraçados e, apesar de saber que eu deveria ser forte e pedir que ele fosse um bom menino, cuidasse da mamãe, fizesse a lição de casa, obedecesse, não conseguia articular uma palavra, só conseguia chorar.
Hoje, duas semanas depois, ele parece mais tranquilo. Nos falamos todos os dias e no final de semana estarei de folga. Mas não pensem meus seis leitores que está sendo fácil. Eu diria que está sendo quase insuportável.
Mas vai passar logo e daqui a pouco estaremos os três juntos de novo, eu, minha cúmplice e meu pequeno herdeiro. Aí, sim, vamos rir muito juntos.

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